Publicado por:
FERNANDA DIAS
Leishmaniose

FACULDADE DE INHUMAS - FACMAIS

Leishmaniose

Dyego Junior

Igor Gonçalves

João Vycttor

Luciano Roriz

Romulo Pimentel

O QUE É LEISHMANIOSE?

Leishmaniose é um tipo de doença infecciosa causada por um protozoário do gênero leishmania, considerado um parasita do gênero Leishmania e da família Trypanosomatidae, que vive e se multiplica no interior das células que fazem parte do sistema defensivo do indivíduo, os macrófagos.

Como ocorre a transmissão da leishmaniose?

Sua transmissão se dá por meio da picada do mosquito-palha e por insetos hematófagos, conhecidos como flebotomíneos ou flebótomos, que medem de dois a três milímetros, podendo atravessar mosquiteiros e telas – podendo afetar animais silvestres e domésticos. Essa condição é considerada majoritariamente tropical, sendo mais comum em países de clima quente e úmido, como certas regiões do Brasil.

Há a leishmaniose humana e a leishmaniose canina, que afeta cachorros.

SINAIS E SINTOMAS

Há dois tipos de leishmaniose: leishmaniose cutânea e a leishmaniose visceral, cujo sintomas são;

– Leishmaniose visceral: febre irregular, prolongada; anemia; indisposição; palidez da pele e ou das mucosas; falta de apetite; perda de peso; inchaço do abdômen devido ao aumento do fígado e do baço.

– Leishmaniose cutânea: duas a três semanas após a picada pelo flebótomo aparece uma pequena pápula (elevação da pele) avermelhada que vai aumentando de tamanho até formar uma ferida recoberta por crosta ou secreção purulenta. A doença também pode se manifestar como lesões inflamatórias nas mucosas do nariz ou da boca.

CICLO DA LEISHMANIOSE

O ciclo da vida da Leishmania é resumido pela picada de um flebotomíneo infectado a um ser humano ou outro reservatório (mais comumente o cão), infectando-o com promastigotas de Leishmania que apresentam a capacidade de invadir macrófagos e sobreviver dentro deles. 

Nos macrófagos, a promastigota passa para a forma amastigota, se replicando e posteriormente infectando outros macrófagos. Quando o flebotomíneo pica um reservatório infectado pela Leishmania, ingere macrófagos infectados por amastigotas, que são então liberadas no intestino do flebotomíneo. As amastigotas passam então novamente à forma de promastigotas, e assim o ciclo da vida da Leishmania se reinicia.


Imagem

 Dados Epidemiológicos do caso

A leishmaniose visceral é endêmica em 76 países e foi descrita em pelo menos 12 países do continente americano. Dos casos registrados na América Latina, 90% ocorreram no Brasil. Em 1913, foi descrito o primeiro caso de necropsia de um paciente de Boa Esperança, estado de Mato Grosso. Em 1934, foram identificados 41 casos suspeitos de febre amarela durante viscerotomias em indivíduos das regiões norte e nordeste. 

Desde então, a doença tem sido descrita em várias cidades do Brasil, apresentando importantes mudanças nos padrões de transmissão, inicialmente principalmente em ambientes silvestres e rurais, e mais recentemente em centros urbanos. Em média, são registrados aproximadamente 3.500 casos por ano, com taxa de incidência de 2,0 casos/100.000 habitantes. Nos últimos anos, a letalidade aumentou gradativamente, de 3,1% em 2000 para 7,1% em 2012.



Imagem


TRATAMENTO da leishmaniose

No caso da leishmaniose cutânea, como muitas vezes não são notados sintomas ou é verificada a presença de um pequeno caroço no local da picada do inseto, não é necessário tratamento específico. Porém, caso o caroço aumente de tamanho ou evolua para uma ferida, o médico pode recomendar o uso de anfotericina B para acelerar o tratamento.

No caso da leishmaniose visceral, como se trata de uma infecção mais grave e que pode trazer complicações para a pessoa, o tratamento é sempre necessário, sendo indicado pelo médico o uso de Anfotericina B ou medicamentos antimoniais pentavalentes, que são mais fortes contra a infecção, mas que também causam mais efeitos colaterais.

Além dos medicamentos para eliminar o protozoário, o tratamento deve envolver o controle de complicações comuns desta doença, como anemia, diarreia, desnutrição, sangramentos e infecções por queda da imunidade, pois são situações que debilitam e podem colocar em risco à vida da pessoa.

 MEDIDAS DE CONTROLE

Prevenção:

– evitar construir casas e acampamentos em áreas muito próximas à mata;

– fazer dedetização, quando indicada pelas autoridades de saúde;

– evitar banhos de rio ou de igarapé, localizado perto da mata;

– utilizar repelentes na pele, quando estiver em matas de áreas onde há a doença;

– usar mosquiteiros para dormir;

– usar telas protetoras em janelas e portas.

Outras medidas importantes são manter sempre limpas as áreas próximas às residências e os abrigos de animais domésticos; realizar podas periódicas nas árvores para que não se criem os ambientes sombreados; além de não acumular lixo orgânico, objetivando evitar a presença mamíferos comensais próximos às residências, como marsupiais e roedores, que são prováveis fontes de infecção para os flebotomíneos.

Não há vacina contra as leishmanioses humanas. As medidas mais utilizadas para a prevenção e o combate da doença se baseiam no controle de vetores e dos reservatórios, proteção individual, diagnóstico precoce e tratamento dos doentes, manejo ambiental e educação em saúde




Referências

Leishmaniose. Disponível em: https://agencia.fiocruz.br/leishmaniose. Acesso em: 4 nov. 2022.

leishmaniose. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/leishmaniose-2/. Acesso em: 4 nov. 2022.

Leishmaniose. Disponível em: https://www.rededorsaoluiz.com.br/doencas/leishmaniose. Acesso em: 4 nov. 2022.

Trabalhos mais lidos