Escola técnica de Ensino Profissionalizante Novo Horizonte
Histeroectoma
Orientador: Juliana Barros
trata-se da cirurgia realizada para remover o útero. Quando há necessidade de retirar o órgão em totalidade, abrangendo também o colo uterino, é realizada a histerectomia total.
O procedimento apresenta as menores taxas de complicações, menor tempo de internação e risco de infecção hospitalar e menor sangramento no intraoperatório
A retirada do útero, também chamada de histerectomia, além de interromper a menstruação, pode ter consequências, como diminuição da libido, dor durante o contato íntimo, menor lubrificação vaginal e sentimentos negativos, em algumas mulheres
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A histerectomia é um evento cirúrgico que pode resultar em interferências na sensação e expressão da sexualidade feminina. É definida como a remoção cirúrgica permanente do útero, sendo as três principais vias cirúrgicas: via abdominal por laparotomia, via abdominal laparoscópica e via vaginal.
O procedimento pode ser usado como medida preventiva ou como recurso para amenizar os avanços no câncer de colo de útero.
A histerectomia é, normalmente, indicada para mulheres com problemas graves na região pélvica, como o câncer de colo do útero em estágio avançado e o câncer nos ovários, infecções, miomas, hemorragias, endometriose grave ou prolapso uterino.
A Histerectomia a retirada de maneira cirúrgica do útero, que pode ser realizada por duas maneiras, via abdominal ou vaginal, consiste em uma cirurgia irreversível, que pode levar a alterações na plenitude do corpo. A histerectomia no Sistema Único de Saúde (SUS) é o segundo procedimento mais comum entre mulheres em idade reprodutiva, atrás somente do parto cesária.
No Brasil, a cada ano, cerca de 300 mil mulheres recebem a indicação de histerectomia que representa a segunda cirurgia mais realizada entre mulheres em idade
Reprodutiva, sendo superada apenas pela cesárea. Atualmente, as indicações mais frequentes são para doenças benignas, ao passo que as indicações para doenças malignas representam em torno de 10%.
Durante a histerectomia o útero é retirado e apresenta baixa morbidade, com resultados confiáveis e seguros. Dessa forma, esse estudo toma como justificativa o fato de que a histerectomia pode gerar importantes alterações físicas e emocionais na vida da mulher. Para entender os principais fatores e consequências que estão associados à histerectomia os seguintes objetivos foram propostos: a) descrever as alterações físicas e psíquicas da mulher após a histerectomia; b) identificar alterações causadas após a histerectomia; c) elencar os problemas associados ao pós-operatório; e d) descrever os cuidados pós-operatório que devem ser prestados pela equipe de enfermagem.
A incidência de complicações urológicas tem diminuído, bem como as diferenças entre as diferentes vias e tipos de histerectomia. No entanto continuam a existir alguns estudos, que demonstram uma maior incidência de lesões no trato urinário aquando da realização de histerectomia total laparoscópica comparativamente às duas outras vias (laparatomiza e vaginal). Permanece controverso quais as vantagens reais da histerectomia subtotal em relação à histerectomia total. Não foram encontradas diferenças entre a técnica interfacial e extrafascial no risco de lesão do trato urinário. A histerectomia radical apresenta consistentemente uma maior risco de lesões urológicas. A realização de concomitante salpingoforectomia não acrescentou maior risco de lesões no trato urinário.
Cinco tipos de histerectomias podem ser identificados:
1. Histerectomia total, na qual o corpo e a cérvice são removidos.
2. Histerectomia subtotal, na qual somente o corpo é excisado.
3. Histerectomia total com anexectomia uni ou bilateral.
4. Histerectomia radical, na qual há dissecção dos nódulos linfáticos, remoção dos paramétrios e tecidos da parede vaginal e biopsia.
5. Histerectomia do útero gravidoz.
Seguindo a lógica da abordagem cirúrgica de que cada caso apresenta um manejo diferente, o cuidado pós-operatório (PO) é semelhante, respeitando a individualidade de cada paciente.
As principais e mais gerais informações do PO para uma paciente pós histerectomia é: a utilização de uma sonda vesical pelo período de 24 horas, evitando período maior que um dia para evitar as infecções do trato urinário (ITU), a utilização de antibióticos é indicada somente se a paciente apresentar algum foco de infecção diagnóstico no intraoperatório. Ademais, a deambulação é estimulado no primeiro dia do PO, como uma maneira profilática para trombose venosa profunda (TVP) além de o uso de heparina profilática e meias compressivas de acordo com o risco de complicações tromboembólicas, já a hidratação (2-3 litros/dia de solução eletrolítica balanceada) é administrada por via endovenosa e depende da perda sanguínea e da reposição no momento da cirurgia.
Complicações:
A complicação mais comum no pós operatório de uma paciente que passou por uma histerectomia é a infecção, podendo evoluir para quadros de sepse. Já a mais séria das complicações no PO da histerectomia é a hemorragia (0,2-2% dos pacientes),originária, principalmente, dos ângulos vaginais laterais e, frequentemente, é resolvido com uma síntese na vaginal e se necessário é realizado uma reposição volêmica. Ademais, podem acontecer danos a bexiga (1-2%), lesão ureteral (0,7-1,7% das histerectomias abdominais e 0,1% das histerectomias vaginais), nestes casos de lesões urológicas é preferível a correção no intraoperatório, pois, assim, evita-se complicações no pós operatório proveniente do extravasamento de conteúdo urinário. Além disso, pode acontecer lesões intestinais (0,2-0,5%) tanto no intestino delgado, tanto no intestino grosso.
Exame preventivo de câncer de colo do útero, como o próprio nome já informa, é realizado com o intuito de detectar lesões pré-cancerosas ou câncer de colo do útero. Sendo assim, mulheres que realizaram histerectomia parcial (retirada do corpo do útero, com permanência do colo do útero) necessitam realizar o exame papanicolau rotineiramente como indicado pelo Ministério da Saúde.
grande parte dos estudos encontrados relacionam a histerectomia a alterações no sistema urinário, anorretal e genital, culminando com prolapso genital e incontinência urinária de esforço. Contudo, outra parcela de autores opõe-se à ideia de que a histerectomia seja a causa dessas disfunções, inferindo que muitas dessas alterações poderiam já estar presentes antes da realização da cirurgia.
. Disponível em: . Acesso em: 23 fev. 2023.
. Disponível em: . Acesso em: 23 fev. 2023.
. História de vidas de mulheres submetidas à histerectomia. São Paulo , 2011. Disponível em: . Acesso em: 22 fev. 2023.