Publicado por:
Bethe Kaminski
Habilitação Biomedicina Estética

centro universitário Opet- UNiOpet

Biomedicina

Habilitação Biomedicina Estética

ANA VITÓRIA KONIARSKI TAVARES

ELISABETE KAMINSKI

MAYARA ALICE DE LIMA MALEK

Michele Capriste Cardoso

Professora: Rafaela Caroline Santa Clara

Resumo

A acne é uma doença inflamatória crônica da pele que afeta cerca de 94% da população mundial em todas as faixas etárias, essa condição geralmente se desenvolve no momento da transição puberal, quando mudanças no ambiente hormonal do corpo alteram a função da glândula pilossebácea, sua fisiopatologia é complexa e multifatorial incluindo bactérias, diferenciação folicular anormal, produção excessiva de sebo e inflamação. A aparência visual da acne e suas sequelas, como cicatrizes e alterações de pigmentação, frequentemente resultam em morbidade psicológica e social, demonstrando assim a importância na busca de uma intervenção segura e eficaz. O tratamento da acne geralmente envolve medicamentos tópicos e orais usados para neutralizar os quatro principais fatores etiológicos da doença. À medida que a compreensão da fisiopatologia evolui, continuam a surgir abordagens em busca dos resultados ideais, entre eles, os tratamentos estéticos são cada vez mais solicitados. Com o surgimento de novas tecnologias na área da medicina estética se torna cada vez mais significativo o conhecimento e a capacitação dos profissionais que vão oportunizar esses protocolos a população. A biomedicina estética faz parte do leque de habilitações possíveis para aqueles que concluem a faculdade de biomedicina. Os avanços nos tratamentos estéticos são bastante significativos, desenvolvendo tratamentos personalizados para cada camada da pele, fornecendo assim resultados clínicos eficazes e robustos. Técnicas como a limpeza de pele, utilização de peelings, despigmentantes, microdermoabrasão, laserterapia, fototerapia, microagulhamento, entre outros, são capazes de reduzir as cicatrizes deixadas pelas lesões e melhorar o aspecto da pele, além de tratar a patologia. Assim como a variedade de tratamento os graus e aspectos da doença também se diferenciam substancialmente, tornando indispensável a importância da avaliação clínica da acne e o protocolo ideal a ser seguido, objetivando assim reduzir a gravidade e a recidiva das lesões cutâneas, bem como melhorar a aparência. O presente trabalho apresenta opções de tratamento para acne onde o biomédico esteta esta apto a desempenhar, uma vez que seu conhecimento voltado à estética abrange um suporte tangível consentindo a eficaz competência desse profissional em busca dos melhores resultados, priorizando sempre a segurança o bem estar e a saúde do paciente.

Palavras-chave: Biomedicina estética, acne, tratamento da acne

Abstract

Acne is a chronic inflammatory skin disease and its pathophysiology, being complex and multifactorial, affects about 94% of the population in all age groups, starting in the comedogenesis stage and in the formation of subsequent acne lesions. It consists of comedones (white and black dots), papules, pustules, nodules and cysts. It comprises hyperseborrhea, abnormal follicular keratinization and proliferation of Propionibacterium acnes in the pilosebaceous unit. Several factors can have profound psychological effects and leave the patient with severe scars on the skin as inflammatory lesions. This is supported by some well-recognized pathological factors responsible for acne, which are also the target of acne therapy. Aesthetic Biomedicine has advanced significantly by developing a personalized treatment in each layer of the skin, providing effective and robust clinical results, involving skin cleansing, use of peelings, depigmenting agents, microdermabrasion, laser therapy, phototherapy, microneedling, capable of reducing the scars left by lesions and improve the appearance of the skin, in addition to treating the pathology. Therefore, the importance of the evaluation of acne by this professional, the use of topical treatments and the role of systemic therapy, becomes indispensable, reaching the objective of reducing the severity and recurrence of skin lesions, as well as improving the appearance. There is the possibility of medication adherence and its possible associated factors in patients with acne vulgaris. All in all, early treatment helps prevent scarring, making it important to follow a consistent skin care routine and avoid triggers that can make acne worse. Ahead of the particularities of the techniques present in the work, it shows how much qualified professionals are needed to carry out aesthetic procedures, such as the expansion of the work of the Biomedical Esthete is essential, since his knowledge focused on aesthetics covers a tangible support allowing the effective competence of that professional.

Keywords: Aesthetic biomedicine; Acne; Aesthetic treatments.

Introdução

O profissional biomédico habilitado em estética, tende a promover o bem-estar através da biomedicina estética e Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS). A estética é uma área que encontra-se em constante evolução e atualização, o profissional biomédico esteta precisa estar apto a administrar substâncias com finalidades estéticas, minimamente invasivos e não-invasivos, além da busca constante por aperfeiçoamentos que visam trazer a máxima satisfação com o menor desconforto possível ao paciente (Academia Brasileira de Biomedicina).

A Resolução nº 197, 21/02/2011, dispõe sobre as atribuições do profissional biomédico no exercício da saúde estética e sua atuação como responsável técnico de empresa que executam atividades para fins estéticos; a Resolução nº 214, 10/04/2012, dispõe sobre atos do profissional biomédico e, insere-se no uso de substâncias em procedimentos estéticos; a Resolução nº 241, 29/05/2014 dispõe sobre atos do profissional biomédico com habilitação em biomedicina estética e regulamenta a prescrição por este profissional para fins estéticos; Resolução nº 304, 23/04/2019, dispõem sobre a especialidade da Biomedicina Estética, reconhecida pelo CFB. Afirma assim que procedimentos minimamente invasivos não-cirúrgicos são também de competência dos profissionais da área de saúde, dentre eles o biomédico  (Brasil)

A Biomedicina Estética, utiliza-se de métodos e técnicas minimamente invasivas não-cirúrgicas, disponibilizando aos pacientes diversos tratamentos através de novas tecnologias, desenvolvendo e aplicando tratamentos para disfunções estéticas atendendo relativamente aos cuidados faciais e corporais, dentre eles o envelhecimento fisiológico relacionados à derme e seus anexos, tecido adiposo e metabolismo, além de cuidar da saúde, bem-estar e beleza do paciente, obtendo os melhores recursos da saúde relacionados ao seu amplo domínio junto ao tratamento e recuperação dos tecidos e organismo em conjunto  (CRBM6).

A atuação em Biomedicina Estética é restrita aos profissionais biomédicos que possuam habilitação registrada no CRBM, devendo, ainda, o biomédico esteta atuar dentro dos limites de sua área profissional e em estabelecimento com Alvará de Licença Sanitária vigente (CRBM6).

Segundo o manual do biomédico fazem parte do rol de atividades dos profissionais biomédicos em estética (CRBM 1, 2021):

  • Carboxiterapia;
  • Cosmetologia;
  • Eletroterapia;
  • Laser terapia;
  • Luz intensa pulsada e LED;
  • Peelings químicos e mecânicos;
  • Radiofrequência estética;
  • Iontoforese;
  • Intradermoterapia (enzimas e toxina botulínica);
  • Sonoforese (ultrasom estético);
  • Preenchimentos semipermanentes, mesoterapia;
  • Procedimento Estético Injetável para Micro vasos (PEIM);
  • Fios de sustentação tecidual absorvíveis para fins estéticos;
  • Aplicação de substâncias para fins estéticos por via intramuscular. 

 Na busca em aprimorar a auto-estima do paciente, priorizando a saúde estética, o profissional biomédico se destaca na realização de terapias oferecidas em diversos tratamentos com acometimentos patológicos, como por exemplo o tratamento estético para a acne.

A acne vulgar é a dermatose crônica, mais comum em adolescentes, ocorre em todas as raças, embora seja menos intensa em orientais e negros, e manifesta-se mais gravemente no sexo masculino (Costa, 2020).

 Inúmeros fatores podem estar associados ao desdobramento dessa doença de pele que acomete 85 a 100% da população mundialmente. A fisiopatologia da acne vulgar ocorre pela interação de vários fatores com diferentes níveis de acometimento, conforme a tipologia das lesões, A acne pode causar cicatrizes na pele, gerando consequências psicológicas graves, interferindo na qualidade de vida do indivíduo quando essas acontecem em regiões onde não podem ser escondidas ou encobertas.

 A Biomedicina Estética pondera os diversos tipos de tratamentos visando a evolução da melhora no quadro clínico do paciente que apresenta essa patologia, trazendo assim benefícios para os pontos negativos apresentados pela acne vulgar. Os tratamentos estéticos que podem ajudar na aparência da acne e das cicatrizes posteriores se diferenciam com diferentes níveis de satisfação. A busca do melhor tratamento deve ser feita de forma ímpar baseado na anamnese do paciente, o mercado estético é bastante dinâmico e novas tecnologias surgem a todo momento, a busca por tratamento com comprovação cientifica deve ser levado em consideração na hora da prescrição do protocolo a ser executado. Os preenchedores dérmicos, microdermoabrasão, peeling químico, ozonoterapia, PRP e cirurgias técnicas como por exemplo a subincisão ou excisão, são opções de tratamento para a acne (CostaALCHORNEGOLDSCHMIDT, 2008). Assim a busca por estudos que geram o conhecimento é necessário ao profissional dessa área e tornam-se de  extrema importância para atender e atingir resultados com excelência e eficácia durante e após o tratamento.

 O propósito deste trabalho condecora benefícios em tratamentos estéticos específicos para essa patologia, consiste em uma pesquisa bibliográfica exploratória qualitativa através de artigos científicos,  foram considerados artigos de língua portuguesa e estrangeira, em um recorte temporal de 2010 a 2022. 

 Nesse cenário, o presente estudo nos traz informações importantes de como surge o quadro da acne, aponta diversas alternativas com bases científicas, para o  seu tratamento, bem como aqueles com resultado considerado eficaz. Dentre os  tratamentos considerados estéticos, apontamos quais podem ser executados pelo profissional biomédico habilitado em Biomedicina Estética. 

A busca no mercado, por esses profissionais capacitados, está cada vez mais exigente na questão da necessidade ao aprofundamento em estudos científicos e práticas clínicas, adquirindo uma expansão na pesquisa de produtos, substâncias e equipamentos, que possam aprimorar conceitos e conhecimentos, proporcionando procedimentos de melhor qualidade na aplicação junto ao tratamento específico para esta determinada patologia, a fim de oferecer resultados cada vez mais positivos (BessaBessaMoraes, 2020). Consequentemente os profissionais biomédicos que desejem se habilitar na Biomedicina Estética podem se especializar nas intervenções que tratem os acometimentos causados pela acne vulgar visto que o contingente do público em busca dessa forma de tratamento vem crescendo na mesma proporção que novas tecnologias vão surgindo. Tecnologias essas que causam menos desconforto ao paciente, com uma boa margem de segurança e com ótimos resultados a depender do protocolo estabelecido, assim o conhecimento e a escolha do tratamento e fundamental para o sucesso dos resultados obtidos.

Desenvolvimento

Anatomia e Fisiologia da Pele    

A pele é um órgão complexo que reveste e delimita o organismo, sendo responsável por aproximadamente 15% da superfície corporal de uma pessoa adulta. Além disso, regula a temperatura corporal e protege contra agentes físicos, químicos e biológicos, bem como interage com o meio externo, representando o maior órgão do corpo humano. (SCHWARTZ FRAINERNUDELMANN).

Sua constituição ocorre devido a formação de três grandes camadas de tegumentos: a superior (epiderme); a intermediária (derme ou cório); e a profunda (hipoderme ou tecido celular subcutâneo). A epiderme é um tegumento avascular com encargo de barreira semipermeável. Pode-se dizer que a epiderme é um tecido epitelial estratificado queratinizado, sendo formado por células epiteliais escamosas que estão em sucessivo processo de renovação. A derme (camada intermediária) é um tegumento de tecido conjuntivo. Sua composição é por meio de um complexo integrado de estruturas fibrosas, filamentosas e amorfas, onde estão os vasos sanguíneos, nervos e anexos epidérmicos. É nesse tegumento que estão localizados os folículos pilosos, os nervos sensitivos, as glândulas sebáceas, responsáveis pela produção de sebo, e as glândulas sudoríparas, responsáveis pelo suor. Já a hipoderme é a camada mais profunda da pele. Esse tegumento profundo apresenta os lipócitos, colágenos com vasos sanguíneos, linfáticos e os nervos. A hipoderme retém a temperatura corpórea e serve como acúmulo energético para o desempenho das funções biológicas (Azulay, 2013).

A glândula sebácea é um tipo de glândula exócrina alveolar e holócrina que segrega sebo. O sebo é uma secreção primordial na barreira epidérmica e no sistema imune dérmico, sua constituição é composta por triglicerídios, colesterol e ácidos graxos e alguns outros componentes. Sua principal função é a lubrificação da superfície da pele e pelo, além de ampliar a capacidade hidrofóbica da queratina e proteger os pelos.  Além do mais, o sebo possui ação bactericida (Borges, 2010).

A acne provém da inflamação das glândulas sebáceas e dos folículos pilossebáceos, todavia, essa inflamação resulta em cravos, espinhas, cistos, caroços e cicatrizes, quando não é tratada.

Introdução À acne

A acne é uma afecção dermatológica que atinge as unidades pilossebáceas de algumas áreas do corpo, sendo bastante frequente entre os adolescentes (80%)  (MANFRINATO, 2009). A acne é uma das lesões crônicas que é desencadeada por alguns fatores levando a erupções na pele. São vários os tipos de acne, entre elas destaca-se a acne da mulher adulta (tardia), acne cosmética, acne medicamentosa, sendo a mais comum a acne vulgar que acomete jovens na idade da puberdade (BORELLI, 2004).

De acordo com a característica clínica das lesões acneicas a acne passa a ser classificada qualitativamente em cinco graus de acometimento (figura1)

  • Grau 0 - Pré-acne/hiperqueratose folicular; 
  • Grau I -  Acne com comedões/comedões e pápulas; 
  • Grau II - Acne pápulo pustulosa/pápulas e pústulas superficiais; 
  • Grau III - Acne pústulo nodular/pústulas profundas e nódulos; 
  • Grau IV - Acne nódulo quístico/nódulos, quistes e cicatrizes) (Pimentel, 2009) (MANFRINATO, 2009).
Figura 1 — Graus da ACNE
Graus da ACNE
Os autores (2023).

É de extrema importância a classificação da acne, bem como a diferenciação entre seus graus, visto que é preciso saber como atuar no combate de cada uma dessas lesões de forma a prescrever o melhor tratamento disponível.

Fisiopatologia e Manifestações Clínicas 

Existem quatro fatores importantes para classificar a fisiopatologia, ou seja, a patogênese da acne vulgar. São eles: hipersecreção da glândula sebácea, hiperqueratinização folicular (alteração no processo de queratinização), colonização pelo Cutibacterium acnes e liberação de mediadores do processo inflamatório da pele. 

- Hipersecreção sebácea: ocasionada pela produção em excesso do sebo. O sebo é constituído por cerca de 57,5% de triglicérides e ácidos graxos livres, 26% de ésteres de cera, 12% de escaleno, 3% de ésteres de colesterol e 1,5% de colesterol. O colesterol e seus ésteres existentes no sebo são de origem epidérmica (glandular) e são liberados pela glândula conforme a fração de excreção sebácea de cada indivíduo. Dessa maneira, o sebo de indivíduos acnéicos é alterado, em comparação ao de indivíduos normais. (CostaALCHORNEGOLDSCHMIDT, 2008).

- Hiperqueratinização folicular: a comedogênese é um fator patológico da acne vulgar, que resulta em um processo bem importante, chamado hiperqueratinização dos folículos. A comedogênese sucede pelo processo descamatório anômalo de corneócitos (células queratinizadas) que se concentram nas glândulas sebáceas. Conforme o tempo vai se passando, essas glândulas/folículos sebáceos passam a acumular lipídios, bactérias, e fragmentos celulares, essas aumentam de tamanho e originam o comedo. O comedo é uma lesão que pode ser não inflamatória (comedo fechado ou aberto) ou inflamatória quando fruir de proliferação bacteriana e mediadores inflamatórios agregados. Essa alteração pode estar correlacionada a alguns fatores, tais como: atenuação sebácea de ácido linoleico, propagação da via 5α-redutase tipo 1 no infundíbulo e inserções lipídicas anormais por falha na diferenciação dos corneócitos (Azulay, 2013).

- Colonização pelo Cutibacterium acnes: Investigações genômicas e metagenômicas levaram a recente mudança da denominação de Propionibacterium acnes para Cutibacterium acnes (C. acnes), devido suas características específicas para colonizar a pele, e iniciar a caracterização de seus diferentes filotipos. (Beatriz de Barros et al., 2020).

 - Liberação de mediadores. Quando há uma super produção de sebo pela glândula, há multiplicação desse bacilo, ocasionando a manifestação da acne vulgar. Portanto, esse bacilo  hidrolisa os triglicérides do sebo por meio de esterases, que resultam em ácidos graxos livres o qual irritam a parede folicular e influenciam à queratinização. A redução do bacilo C. acnes correfere com a melhoria clínica da acne, certamente por meio da redução de mediadores inflamatórios induzidos pelo próprio bacilo. A inflamação do folículo resulta em danos inflamatórios que incluem pápula, pústula ou nódulos, podendo ocorrer progressão de um tipo de lesão para outro e até formação de cicatrizes. A lesão inflamatória inicial ocorre com a formação da pápula, onde o microcomedo está presente em 80% dos casos. A excessiva produção sebácea e a alteração na integridade do folículo estão relacionados à deficiência de ácido linoleicom devido a essa deficiência, o aumento de interleucina 1-α acaba contribuindo para o processo inflamatório ocasionando a acne (MontagnerCosta, 2010).

Classificações da Acne

A acne apresenta cinco graus de acordo com os tipos de lesões e a quantidade da sua expressão. De acordo com (Lacrimanti, 2009), a acne pode ser classificada em 5 graus (tabela 1).

Tabela 1 — Classificação e características da acne vulgar
GRAU  TIPODESCRIÇÃO 
 Acne comedônicaInicia-se a lesão inflamatória com presença de comedões fechados e comedões abertos.
 II Acne papulopustulosaHá presença de comedões acompanhados de pápulas com ou sem eritema e pústulas  e seborréia sempre presente.
 III Acne nódulo-abscedante ou
nódulo-cística
Há presença de comedões, pápulas com ou sem eritema, pústulas, seborréia e nódulos. 
 IV Acne conglobataHá presença de comedões, pápulas com ou sem eritema, pústulas, seborréia, nódulos purulentos, abscessos e fístulas. 
 Acne fulminanteÉ a forma mais severa de acne e apresenta sintomas sistêmicos como fadiga, mal estar, mialgias, artralgia e febre. Além de apresentar o quadro clínico característico da acne grau IV, com nódulos inflamatórios e crostas hemorrágicas.
Adaptado Gomes et al. (2017).

Diagnóstico e Tratamento

O diagnóstico da acne vulgar é de caráter clínico, sobretudo, outros diagnósticos diferenciais devem ser analisados, por isso, deverá ser feito a análise com presteza e cautelam cabe ao médico buscar outras queixas e investigar a fundo o histórico desse paciente de forma mais ampla, para que assim, ocorra a confirmação de um diagnóstico endocrinológico, não considerando apenas às lesões acneicas. ( Jaime Dos Santos SudoFerreira Filho).

No âmbito clínico é levado em consideração:

  • A história clínica do paciente;
  • A idade inicial do aparecimento das lesões;
  • O uso de fármacos;
  • As atividades e/ou exposição ocupacional;
  • As patologias dermatológicas prévias;
  • Em mulheres, é levado em conta o ciclo menstrual, bem como, os sinais de androgenização.

No âmbito físico é levado em consideração:

  • O tipo de lesão;
  • A extensão do envolvimento e gravidade;
  • Hirsutismo;
  • Acantose nigricans.

No âmbito dos exames laboratoriais: Podem ser solicitadas dosagens sanguíneas, porém, não são comumente pedidas, salvo haja suspeita de doença metabólica ou neoplásica, como síndrome dos ovários policísticos, hiperplasia adrenal congênita de início tardio e tumores adrenal e ovariano. Dessa maneira, existem diferentes tipos de tratamento para acne vulgar, que podem incluir o tratamento medicamentoso oral (antibióticos) ou de uso tópico  (retinóides), não descartando o uso das duas formas de tratamento conjugada ( Jaime Dos Santos SudoFerreira Filho).

Para indicar o tratamento ideal, o dermatologista considera a gravidade do quadro, a localização das espinhas, o histórico do paciente, os tratamentos anteriores, o metabolismo do indivíduo e a eventual existência de cravos, cicatrizes e nódulos na pele (figura 2)

Figura 2 — Acne vulgar - Protocolo de tratamento
Acne vulgar - Protocolo de tratamento
Adaptado Montagner e Costa (2010, p. 2).

 

Tratamento Oral

Os tratamentos orais para acne vulgar consistem em antibióticos de via oral, terapêutica hormonal (antiandrogênicos) e isotretinoína. 

Os antibióticos de via oral comumente são usados nos casos mais graves de acne vulgar, como por exemplo, acnes que não correspondem com terapias de uso tópico ou em pacientes com alta probabilidade de desenvolver cicatrizes. Os antibióticos orais mais utilizados são as tetraciclinas e os macrolídeos (tabela 2). O emprego do uso de antibióticos tem sido correlacionado a casos de resistência bacteriana, principalmente quando utilizados em doses baixas por longos períodos. Por isso, é recomendado que sejam usados por, no mínimo, 6 a 8 semanas e, no máximo, 4 meses, tendo de ser interrompidos se não houver melhora do quadro. (Margarida Ferreira da Silva Pinto da Costa Moreira, 2014).

 A terapêutica hormonal (antiandrogênicos) é um tratamento muito bom, ele é usado por mulheres com agravo pré-menstrual da acne, acne na idade adulta, acne envolvendo de preferência a metade inferior da face e pescoço, congruente à seborreia; hirsutismo, e irregularidades do ciclo menstrual, com ou sem hiperandrogenismo, como também, jovens sexualmente ativas com acne inflamatória. Os antiandrogênicos proporcionam a redução da produção de sebo induzida por hormônios andrógenos, ocasionando a inibição da ação das glândulas sebáceas e diminuindo a geração de andrógenos ovarianos e adrenais. Acredita-se que o uso de contraceptivos orais combinados, incluindo um estrogênio etinilestradiol (EE), em associação a um progestágeno de segunda geração (levonorgestrel, noretindrona) ou de terceira geração (desogestrel, norgestimato e gestodeno), ou ainda a um antiandrogênio (acetato de clormadinona, ciproterona, dienogeste, trimegestona e drospirenona), são regularmente receitados. (MontagnerCosta, 2010).

A isotretinoína (ácido 13-cis-retinóico) de uso oral é a droga que atinge de forma mais profunda dos mecanismos fisiopatológicos da acne vulgar, é empregada nos casos de acne grave e resistentes a outros tratamentos, bem como em pacientes com o emocional afetado ocasionado pela acne. Sua mecanismo é antiqueratinizante, ou seja, age atrofiando as glândulas sebáceas concebendo um efeito inflamatório da acne, porém acarretam sérios efeitos colaterais que podem surgir durante o tratamento, como por exemplo: eritema; pele seca e/ou descamativa e fotossensibilidade (Ribeiro et al., 2015).

A dosologia dos antibióticos orais para tratamento de acne vulgar segue parâmetros pré-definido, possuindo formas alternativas na tentativa de solucionar o problema (tabela 2).

Tabela 2 — Dosologia de antibióticos no tratamento da acne.
Primeira linha Alternativas 
Tetraciclina - 500mg
2x/dia
Macrólidos - Eritromicina - 500mg, 2x/dia
                   - Azitromicina - 500 mg, 2x/dia
Doxiciclina - 50-100mg
2x/dia
Trimetoprim/Sulfametoxazol - 300mg, 2x/dia
Limeciclina -150-300mg
1x/dia
Sulfametoxazol -Trimetoprim - 800/160mg
Minociclina - 50-100 mg
2x/dia
 
Adaptado Barros et al. (2020).

Tratamento Tópico e Sistêmico da Acne

O tratamento de uso tópico pende muito da graveza da acne vulgar, se porventura, o indivíduo possuir a pele sem muitas lesões, ou seja, algo mais ameno comumente se é empregado retinóides tópicos, da mesma forma, também poderá ser utilizado bacteriostáticos tópicos, como por exemplo, peróxido de benzoíla (PB), ácido azelaico e ácido salicílico. 

Os retinóides de uso tópico, tais como a isotretinoína e tretinoína, melhoram os comedões propiciando efeito anti-inflamatório e a inserção de outros agentes tópicos, são utilizados de forma isolada ou em combinação para tratamento da acne leve a moderada. (Barros et al., 2020).

O peróxido de benzoíla (PB) tem atuação comedolítica e também, antimicrobiana, pode ser usada de forma isolada ou conjunta  a retinoides tópicos ou antibióticos tópicos ou orais, uma junção regularmente empregada é a de PB com antibiótico tópico ou oral, a ação bactericida do PB propicia menos desenvolvimento de resistência bacteriana e melhor tolerância. Dessa forma, as duas drogas (antibiótico e peróxido de benzoíla) atuam na redução da Cutibacterium acnes.

O ácido azelaico apresenta benefícios antimicrobianos, comedolíticos e anti-inflamatórios, refere-se a um ácido dicarboxílico saturado que atua na regularização da queratinização do óstio folicular. 

O ácido salicílico é um esfoliante com propriedades queratolíticas e anti-inflamatórias, pode ser associados a retinoides tópicos no tratamento da acne vulgar comedônica ou como tratamento de segunda linha, o tratamento de manutenção é obrigatório, pois, age como prevenção  evitando o  aparecimento de novas lesões. O ácido salicílico, alfa-hidroxiácidos e os retinóides tópicos são os mais utilizados para essa finalidade (Margarida Ferreira da Silva Pinto da Costa Moreira, 2014).

Tratamentos Estéticos para a Acne 

No decorrer da adolescência, é normal o aparecimento de acnes e cravos, principalmente na região do rosto. A acne geralmente aparece devido a alterações dos hormônios, sobretudo, na puberdade, por essa razão, a  acne vulgar pode intervir na autoestima e nas relações de uma pessoa, ainda que tenha soluções médicas e também, estéticas. Os procedimentos estéticos agem de forma complementar visando o bem-estar e a auto estima do individuo com acne, por isso, esses tratamentos vem se ampliando com a evolução das tecnologias disponíveis. A forma mais usual de tratamentos estéticos consiste na utilização de peelings químicos, LED (“Light Emitting Diode”), Luz Intensa Pulsada (LIP) e Laserterapia. 

Os peelings químicos são bastante utilizados para reduzir as cicatrizes da acne vulgar, como também, melhorar o aspecto da derme.  (DuarteMello).

No que tange ao tratamento estético para os casos de acne, (MANFRINATO, 2009), relata que este tipo de tratamento visa sobretudo à redução de cicatrizes deprimidas, puntiformes e/ou irregulares e que diferentes técnicas podem vir a ser utilizadas, não só para tratar a acne, como também, para melhorar o aspecto geral da pele acnéica. As classes de lesões e cicatrizes podem coexistir em diferentes estágios, sendo um grande potencial para uma abertura de estresse emocional. Nódulos e cistos podem ser cruciantes. Há interação complexa de fatores como: alteração hormonal androgênica, predisposição genética, hipersecreção sebácea levando à produção exagerada de sebo, alteração da composição do sebo, aumento da queratinização folicular levando à formação dos comedões abertos e fechados, alterações na flora microbiana e inflamação dérmica periglandular, por conseguinte é considerada uma doença multifatorial (Bagatin et al., 2019) (Ribeiro et al., 2015).

Limpeza de Pele

A limpeza de pele atua como auxiliar na prevenção da acne vulgar, deve estar associado ao tratamento medicamento, variando  de acordo com o grau de intensidade da acne. O objetivo da técnica é a remoção de comedões, pústulas, impurezas, retirada de células mortas, microrganismos e outros agentes externos que causam obstrução dos poros da derme.

Essa técnica pode ser realizada em todos os graus de acne ao agir na desobstrução dos comedões abertos, os quais se tratados não evoluem para lesões inflamatórias. A limpeza de pele também atua nas lesões inflamatórias, conhecidas como pústulas, sendo essas comuns nos graus mais graves de acne vulgar (OliveiraTorquettiNascimento, 2020). O procedimento inicial é a limpeza e retirada de maquiagem, passando para a fase de esfoliação, depois a pele recebe o vapor de ozônio ou com vapor de água para abertura dos poros, seguindo para a fase da extração manual dos comedões juntamento com o sebo, finalmente, uma máscara calmante é aplicada no local,retira-se a máscara com água e finaliza com o uso do protetor solar. Além dos procedimentos acima descritos, é possível a inclusão da alta frequência como mais um elemento a contribuir com o tratamento da acne vulgar. (BessaBessaMoraes, 2020, p. 2).

Diante disso, percebe-se o quão positivo é a limpeza de pele para evitar o desenvolvimento da acne vulgar, à qual é responsável por atingir as unidades pilossebáceas de algumas áreas do corpo, principalmente do rosto e tórax, decorrentes da obstrução do orifício de saída da unidade pilossebácea, em razão do acúmulo de secreções, restos celulares e algumas vezes micro-organismos, os quais podem ser facilmente eliminados e evitados por meio da limpeza de pele regular e diária, de modo a evitar a necessidade do consumo de medicamentos que possuem inúmeros efeitos colaterais (OliveiraTorquettiNascimento, 2020).

Peelings

O peeling é um tratamento estético não invasivo que promove a renovação celular da pele. Ele pode ser do tipo físico ou químico e em ambos os casos provoca uma descamação na pele, que pode variar de leve a profunda. O peeling químico visa tratar rugas, melanoses, melasma, hiperpigmentação pós-inflamatória, cicatrizes atróficas e acne. O tratamento consiste na aplicação de um ou mais agentes esfoliantes na pele, que vai provocar uma regeneração dos tecidos e a destruição das camadas da epiderme/derme (Borges, 2010).

No tratamento da acne o objetivo e tratar as manchas e cicatrizes mais superficiais da acne, uma vez que, esta técnica vai promover uma renovação celular a partir da camada basal e provoca a síntese de colágeno e a reparação tecidual, melhorando assim o aspecto cutâneo. A técnica consiste na utilização de diversos ácidos para auxiliar na descamação das células da pele danificadas por algum agente causal biótico ou não, fazendo com que a estrutura de fibroblastos se regenere melhor a partir do epitélio estratificado mais liso, evitando sujidades sobre a região aplicada (Pimentel, 2009). Os peelings são classificados em quatro grupos conforme o nível de profundidade da necrose tecidual.

 O muito superficial  ira afinar ou remover o estrato córneo sem criar lesão abaixo do estrato granuloso, o superficial promove uma necrose de parte ou de toda epiderme em qualquer parte do estrato granuloso até a camada de células basais, o médio produz necrose da epiderme e de parte ou toda a derme papilar, e o profundo produz necrose da epiderme e da derme papilar que se estende até a derme reticular (AraújoBrito, 2017).

O procedimento do peeling químico tem objetivo de obter uma esfoliação com agentes apropriados, sendo aplicados diversos ácidos, mas alguns desses ácidos são mais utilizados como: retinóico, vitamina C, ácido lático, fenol e o ácido salicílico  (Lacrimanti, 2009).

O peeling químico é uma alternativa segura em circunstâncias nas quais o paciente não tolera medicamentos para tratar acne, esses são catalogados através do nível de profundidade que atuam no tecido, e são divididos em quatro grupos:

  • Peeling muito superficial que atinge a camada granulosa e córnea, remove o estrato córneo e não cria lesão abaixo do estrato granuloso; 
  • Peeling superficial que atua na epiderme, produz necrose parcial ou total da epiderme em todo o estrato granuloso até a camada basal;
  • Peeling médio que produz necrose da epiderme e de parte ou toda a derme papilar;
  • Peeling profundo que atinge a derme reticular, produz necrose tecidual na epiderme e derme papilar, estendendo-se para a derme reticular (Borges, 2010).

O peeling de ácido salicílico (AS) vem sendo utilizado em larga escala para o tratamento da acne vulgar, esse peeling detém propriedades anti-inflamatórias, antimicrobianas, despigmentantes e também, apresenta ação lipofílica, contudo uma reação normal que ocorre logo após o procedimento é a descamação, o mecanismo de funcionamento do AS se dá por meio da sua ação ceratolítica e no controle da produção de sebo, visto que ele promove descamação da camada lipídica do estrato córneo e por consequência disso, reduz a adesão dos corneócitos (RogeriSinigaglia).

Já os peelings alfa-hidroxiácidos (AHAs) são uma classe de ácidos que derivam de frutas, cana-de-açúcar e iogurte, dentre eles os que mais se destacam são o ácido glicólico, o ácido láctico e o ácido mandélico (SilvaMoraesFerreira, 2018).

O peeling de ácido glicólico ocasiona a descamação da derme por meio de epidermólise, possui ação antiinflamatória, através de seu efeito bactericida sobre C. acnes, a eficácia desse peeling foi evidenciada em casos de acne nodular leve e moderada.

O peeling de ácido mandélico, é uma substância atóxica, muito semelhante ao ácido salicílico possuindo ação antisséptica, possui benefícios lipofílicos e bactericidas. Isto posto,  os três peelings citados acima (salicílico, glicólico e mandélico) se mostraram eficientes na melhora das lesões inflamatórias e não inflamatórias da acne vulgar. 

 Esse procedimento tem boa aceitação na estética sendo muito utilizado para tratar a acne e suas cicatrizes. Os resultados variam conforme o ácido utilizado e a continuidade do tratamento. Um fator muito importante são os cuidados pós peeling, como por exemplo, o uso de filtro solar para que se obtenha um melhor resultado.

Fototerapia

Refere-se a terapia por luz, na sua maioria visível, onde feixes de fótons (energia) são direcionados a uma estrutura alvo (cromóforos), que absorvem a energia da luz, ocasionando um excitamento que induz reações químicas no organismo. No caso da acne parece não existir um único cromóforo associado, embora a abundância de sebo, bactérias e a hipervascularização das áreas inflamadas contribuam para o potencial dano seletivo das lesões na pele (PaschoalBaltieri Palu, 2010). A fototerapia se apresenta na literatura como uma excelente alternativa no tratamento da acne, entre as formas de fototerapia podemos destacar: terapia fotodinâmica. radiação UVA e UVB, laser, luz azul, combinação luz azul e vermelha.

Dessa forma, a fototerapia pode vir nos equipamentos de LED ou LASER, e estes equipamento vão se diferenciar entre si. São sete tipos luzes diferentes, onde cada luz representa um intervalo de comprimento de onda em nanômetros (nm), promovendo efeitos terapêuticos específicos, dependendo da luz empregada ou efeitos que deseja entregar no tratamento.Seu efeito terapêutico pode intervir na melhoria e reorganização das fibras de colágeno, aumentar o processo de cicatrização tecidual, diminuindo fatores e agentes que modifiquem ou interfiram na fase de cicatrização tecidual (LucasChaves, 2021).

Estudos demonstram que a fototerapia melhora quadros de acne, em especial inflamatória, de graus leve a moderado e que essa melhora pode-se manter ao longo de vários meses. Os efeitos colaterais são em geral poucos e bem tolerados. De forma especial, o uso combinado da luz azul e vermelha por suas propriedades antibióticas e anti-inflamatórias, respectivamente, age de forma sinérgica. Essa combinação, utilizada no tratamento da acne, parece ser opção promissora além de segura se levados em consideração os dados preliminares (PaschoalBaltieri Palu, 2010). A fototerapia de baixa potência pode ser capaz de modular o processo de inflamação tecidual, além de apresentar vantagens por ser um método não invasivo, não farmacológico e com baixo índice de efeitos colaterais.

Microagulhamento

O Microagulhamento é usado na estética como um tratamento que rejuvenesce a pele, melhora sua tensão e também melhora estrias e cicatrizes, o tratamento é realizado através do uso de dispositivos como os dermarollers, carimbos e canetas (elétricas ou não elétricas). Após o tratamento e comprovado cientificamente o aumento da expressão de colágeno tipo I, bem como glicosaminoglicanos, fator de crescimento endotelial vascular (VEGF), fator de crescimento de fibroblastos (FGF), fator de crescimento epidérmico (EGF) e fator de transformação fator de crescimento (TGF)-β, todas as moléculas de sinalização importantes para a produção de colágeno e neovascularização (Chilicka et al., 2022). Estudos clínicos recentes demonstram que o microagulhamento é eficaz no tratamento de cicatrizes de acne usando diversas escalas de classificação (Mujahid et al., 2022). Quando este é associado com ácido tricloroacético, observa-se uma melhora na aparência da cicatriz de acne, bem como a associação de microagulhamento e ácido glicólico,  demonstrando assim uma alta satisfação do paciente, independentemente do dispositivo usado. 

Assim o tratamento das cicatrizes atróficas de acne através do microagulhamento e considerado seguro, apresentando resultados positivos e com efetividade moderada, proporcionando melhoras no aspecto da pele e na profundidade das cicatrizes.

Radiofrequência Fracionada

O uso da radiofrequência baseia-se na capacidade de aquecer seletivamente o tecido em uma profundidade específica. O aparelho também utiliza microagulhas (radiofrequência microagulhada) por meio das quais um feixe de ondas de rádio é emitido diretamente no tecido. Além disso, as agulhas aquecem apenas em suas pontas, o que permite um controle preciso da profundidade em que o tecido é aquecido. Tal característica desta técnica é única e importante para efeitos finais. A profundidade da punção pode ser ajustada para 0,5 a 3,5 mm (Costa, 2020)

 A radiofrequência microagulhada ganhou grande popularidade  devido à melhora das cicatrizes, e passou a ser utilizado para a melhora das cicatrizes atróficas de acne. Em estudos realizados por diversos autores conclui-se  que esse método trata eficazmente as cicatrizes de acne, pois melhora a textura da pele, reduz o tamanho dos poros e aumenta a satisfação do paciente. A radiofrequência de agulha com aplicação de princípios ativos proporcionou resultados muito bons para o afinamento de cicatrizes pós-acne. Essa terapia mudou a estrutura, o aspecto visual da pele e tornou as cicatrizes mais rasas, analisadas pela escala de Goodman e Baron (Chilicka et al., 2022)

Microbotox 

A toxina botulínica tipo A pode modular o desenvolvimento de quelóides e cicatrizes hipertróficas.Parece haver evidências científicas de que a toxina botulínica tipo A regula negativamente a expressão de TGF-b, reduzindo a proliferação de fibroblastos e modulando a atividade do colágeno na cicatrização patológica (VasconcellosSoteroLage). O microbotox baseia-se na injeção multiponto de toxina botulínica altamente diluída a cada 0,8-1,0 cm na derme ou entre a derme e a camada superficial dos músculos faciais, o seu uso relacionado com a acne se configura pela redução da produção do sebo pelas glândulas sebáceas, melhorando a aparência da pele.

Estudos demonstram resultados promissores do uso da toxina botulínica para melhorar a oleosidade da pele e, consequentemente, a acne. Também há evidências que sugerem que a ação da acetilcolina no receptor muscarínico é um importante regulador da produção de sebo (SchlessingerGilbertCohen, 2017).

A BoNT-A demonstrou diminuir a produção de sebo e reduzir o tamanho dos poros em indivíduos com pele oleosa, provavelmente por bloquear a atividade da acetilcolina nos sebócitos (Shah, 2017). Sendo este um tratamento seguro e uma boa opção para redução da produção do sebo e consequentemente no controle da acne.

Laser CO2

O Laser ablativo de CO2 é considerado o padrão ouro para correção de cicatrizes icepicks ou deprimidas, porém o seu uso foi descontinuado devido a implicações inerentes ao método, com a introdução da tecnologia fracionada, o Laser de CO2 voltou a ter papel principal no tratamento das cicatrizes de acne.

O conceito de fototermólise fracionada atua através das zonas de tratamento na epiderme e/ou derme deixando área intactas, em forma de grade. Essas áreas intactas entre as zonas de tratamento resultam em reepitelização mais rápida (cerca de cinco dias) e menor risco de cicatrizes inestéticas e discromias (RosasMulinari-BrennerHelmer, 2012).

Após o fracionamento do laser sua segurança oportunizou o uso em pacientes com fototipos mais altos, além de áreas extrafaciais. O número de sessões depende inversamente a energia utilizada, porém, níveis mais altos resultam em maiores complicações. Com duas a três sessões já se obtêm bons resultados, e após 90 dias  o resultado se torna mais evidente. Estudos mostraram que a neocolagênese persiste por no mínimo três meses após os tratamentos (RosasMulinari-BrennerHelmer, 2012).

Estudos de longo prazo sugerem melhora progressiva nos seis primeiros meses após os tratamentos.O efeito colateral posterior ao Laser CO2 fracionado mais relatado na literatura é a hiperpigmentação pós inflamatória, mais frequente nos fototipos mais altos e com parâmetros mais agressivos.

Iontoforese 

A iontoforese é definida como o uso de corrente elétrica para conduzir moléculas através das membranas celulares através de uma solução eletrolítica. No contexto terapêutico, é utilizado para facilitar a administração de substâncias bioativas, seja sistemicamente ou localmente.( Liatsopoulou et al., 2022). Essa técnica tem sido utilizada em diversas áreas da saúde. Na saúde estética é utilizada por apresentar diversas vantagens, entre elas estão: o baixo custo, não ser invasiva, obter o controle na  entrega dos fármaco, além da vantagem das baixas doses que atingem a corrente sanguínea. 

A iontoforese cosmética atinge o estrato córneo, a epiderme viável e/ou a derme. Consequentemente, o termo mais adequado para este tipo de aplicação seria 'entrega dérmica'. Esses três locais de ação direcionados são de grande importância para tratamentos cosméticos que visam afetar o teor de umidade, textura, resistência, propriedades regenerativas ou pigmentação da pele. A entrega ativa através da pele visa essas camadas estruturais, facilitando a entrega de substâncias bioativas que normalmente não penetrariam passivamente nas camadas epidérmicas ou dérmicas (Banga Scott, 2015).

 Ao longo dos anos, um grande número de dispositivos foi desenvolvido para a entrega iontoforética de ingredientes ativos e há relatos de registros de patentes relacionadas à iontoforese e sistemas aprovados pela FDA nas indústrias farmacêutica e cosmética( Liatsopoulou et al., 2022). Dentre os agentes ativos estão incluídos: agentes iônicos, ácido retinóico, compostos vasoativos, vitaminas, aminoácidos e peptídeos, ativos cosméticos não iônicos mas solúveis em água.

Para a entrega dos agentes ativos desejados, as formulações são colocadas na área alvo. Agentes iônicos são colocados sob o eletrodo com a mesma polaridade: espécies aniônicas sob o cátodo e espécies catiônicas sob o ânodo. A migração iônica estimulada pelo potencial elétrico facilita a passagem do princípio ativo pela pele, potencializando os efeitos terapêuticos. 

Dentre os tratamentos alvos da iontoforese podemos destacar o controle da acne. Estudos demonstraram que a entrega folicular localizada iontoforética de uma nanopartícula de ouro lipossomal para terapia fototérmica e fotodinâmica, causa a destruição localizada de glândulas sebáceas e inibem o crescimento bacteriano ( Gelfuso et al., 2012). Em 2009, Herpifix® foi investigado como um tratamento para acne (capaz de diminuir o pH e o número de lesões. Em 2017, numa abordagem mais cosmética, utilizou a iontoforese com ascorbil 2-fosfato 6-palmitato e DL-a-tocoferol fosfato, ou um produto contendo vitaminas A, C, E, B5 e b-caroteno, demonstrando excelentes resultados em diferentes estágios das lesões., bem como recuperação de sequelas causadas pela acne (KurokawaOisoKawada, 2016).

Dermoabrasão

Técnica de tratamento utilizada há várias décadas, baseia-se no uso de dispositivo motorizado, equipado com material abrasivo para remover fisicamente as camadas superficiais da pele, induzindo o processo de cicatrização da ferida com posterior formação de novo colágeno (Borges, 2010).

Microdermoabrasão; variação da dermoabrasão que utiliza elementos como cristais de óxido de alumínio, em que apenas a camada externa da epiderme (estrato córneo) é removida, acelerando o processo de esfoliação natural. Procedimento muito seguro, mas limita-se apenas a cicatrizes muito superficiais. Essa técnica tornou-se popular e amplamente usada no tratamento de diferentes afecções da pele, incluindo acne, cicatrizes de acne, estrias de distensão e fotoenvelhecimento. No tratamento da acne é indicada para quadros de acne grau I com presença de comedões e também para a redução das cicatrizes de acne (BORGES, 2010). Com esta técnica é possível esfoliar e ao mesmo tempo remover células mortas e impurezas da pele em decorrência da sucção produzida, o que pode também contribuir para a remoção de comedões e redução da oleosidade da pele, bem como, obter a melhora das irregularidades do contorno da pele, possibilita o nivelamento tecidual, pela esfoliação de suas extremidades, além de estímulo para um incremento proteico adequado na região depressiva ( IbargüenRodriguez, 2023).

Ozonioterapia

Conhecido no passado por seu aspecto tóxico como principal poluente urbano, nas últimas décadas o ozônio vem ganhando maior visibilidade por seus possíveis efeitos antimicrobianos, antivirais e antioxidantes quando utilizado em patologias dermatológicas humanas (NodenaFerreiraFroes, 2022).

O ozônio é definido como uma molécula triatômica de oxigênio, apresenta-se incolor, com odor azedo e explosivo em sua forma líquida ou sólida. Sua meia-vida é de 40 min a 20°C e cerca de 140 min a 0°C. O O 3 é perigoso para os seres humanos, especialmente quando inalado, mas para fins terapêuticos o gás deve ser produzido a partir de oxigênio medicinal e administrado em doses terapêuticas precisas, nunca por inalação (Valacchi et al., 2002).

A ozonioterapia tem sido utilizada para desinfetar e tratar doenças como infecções, feridas e doenças múltiplas por apresentar uma potente resposta fisiológica oxidativa, pesquisadores começaram a avaliar o uso da terapia com ozônio em condições de pele, como acne, dermatite, psoríase, herpes, esclerose sistêmica, envelhecimento, úlceras e cicatrizes cutâneas, sua aplicação pode ser adquirida por diversas vias, sendo essa um fator importante para a obtenção dos resultados. Destacamos a ozonioterapia como agente tópico (óleo ozonizado),  imersão em hidroterapia com ozônio, uso de bolsa de ozônio, insuflação subcutânea e retal (NodenaFerreiraFroes, 2022).

Os benefícios relatados para o tratamento da acne foram a redução do processo inflamatório auxiliando no encurtamento da duração bacteriana e assim reduzindo a formação de colonias, além de seus efeitos antibacterianos e antifúngicos, o ozônio tem a capacidade de aumentar a agregação plaquetária, melhorando as inflamações e as cicatrizes de feridas, as plaquetas interagem com leucócitos e liberam aminas vasoativas; citocinas; mitógenos; e fatores de crescimento, tais como fator de crescimento endotelial vascular, fator de crescimento transformador β e fator de crescimento derivado de plaquetas. Dessa forma, promovem quimiotaxia, proliferação e diferenciação celular, neovascularização e deposição de matriz extracelular. Este processo estimulado pelo ozônio auxilia na cicatrização mais rápida de feridas/lesões (Valacchi et al., 2002).

Diversos estudos vem sendo realizados para comprovar a eficácia da ozonioterapia, no entanto, não há evidências claras ou segurança nem diretrizes para tais intervenções, pois ainda é desconhecido o seu verdadeiro mecanismo de ação. A contramão as evidências da terapia com ozônio para o tratamento de condições dermatológicas da pele parecem promissoras para uso a curto prazo, especialmente para úlceras e cicatrizes, devido a resultados satisfatórios obtidos com a ozonioterapia, porém há escassez de estudos que avaliam efeitos adversos ou resultados a longo prazo após o término do tratamento. Ainda são necessárias mais pesquisas, com melhores padrões metodológicos, com relatórios de dosagem e concentração de ozônio, formas iguais de aplicação para cada tratamento e um período de acompanhamento que abranja um período de tempo maior para avaliar a possibilidade de efeitos adversos permanentes (NodenaFerreiraFroes, 2022).

Tratamento associados

O manejo terapêutico das cicatrizes da acne pode requerer mais de uma técnica associada, o tratamento em estágios iniciais é sempre a melhor conduta na prevenção das cicatrizes, existem múltiplas alternativas para o tratamento do aspecto das cicatrizes atróficas pós-acne, dependendo do grau de acometimento haverá uma proposta a ser considerada, e no decorrer do tratamento poderá ser adotada uma nova conduta, ou o uso de técnicas associadas em busca do melhor resultado final ( IbargüenRodriguez, 2023).

Inúmeras são as possibilidades de se fazer uso de mais de uma técnica disponíveis na biomedicina estética, cabe ao profissional avaliar o custo benefício das opções buscando sempre manter a saúde do paciente. Dentre as possibilidades destacamos algumas que podem aferir bons resultados.

- Subcisão + Ácido Hialurônico/Bioestimulador

Subcisão, também chamada de cirurgia subcutânea sem incisão, consiste na liberação de bandas fibrosas aderidas a planos profundos por meio de uma agulha. É utilizado em cicatrizes do tipo roll, que geralmente são mais largas e profundas, relatando melhora de 30-90% na aparência desse tipo de cicatriz. O trauma dérmico induzido na subcisão resulta na formação de coágulos e neocolagênese com posterior preenchimento do espaço criado, aumentando ainda mais a elevação da cicatriz. (DEUSCHLE et al., 2019)

Realizado sob anestesia local, utiliza-se uma agulha (Nokor) de calibre 18 ou 20m ou cânula. Após a cicatriz estar despreendida das outras camadas da pele, o tecido mole que foi perdido será reposto. Quando este não for reposto de forma natural (neocolagênese), ou o tempo para tal reconstituição necessita ser antecipado, pode se fazer uso de materiais compatíveis e similares (ácido hialurônico) para preencher o calabouço que se criou e/ou bioestimular a produção de colágeno (hidroxiapatita de cálcio, ácido Poli-L-lático ( IbargüenRodriguez, 2023).

- Led + Ácido

Segundo Silva a tecnologia que utiliza a luz de LED para tratar a pele possui custos reduzidos, não causa dor, não apresenta efeitos colaterais e traz benefícios na cicatrização tecidual, fato este que faz do procedimento uma boa opção de escolha para o paciente, a combinação do LED com o uso do ácido Acnled (Ácido Oleanólico, Extrato de Enantia Chlorantha, Ácido Hialurônico e Oligominerais) que apresenta característica foto permeável, potencializa a ação da luz, seus princípios ativos contribuem com redução da oleosidade, hidratando a pele e contendo processos inflamatórios (SilvaMoraesFerreira, 2018).

Em pesquisa realizada foram obtidos como resultados, a redução da acnes e melhora na sua cicatrização com a aceleração no processo de reparo tecidual, resultando em melhora no aspecto da pele; como benefício adicional, observou- se uma surpreendente redução de manchas e com isso clareamento na pele dos pacientes participantes. Todos obtiveram bons resultados, tendo em vista que alguns não seguiram todas as orientações dadas e não tiveram os cuidados necessários, ainda assim estes e os demais apresentaram resultados satisfatórios (SilvaMoraesFerreira, 2018).

- Microagulhamento e PRP

 A associação do microagulhamento e PRP , ocasiona um aumento no colágeno Tipo I, colágeno tipo II, colágeno tipo III, e colágeno tipo VII (Mujahid et al., 2022). Embora seja observada a  diminuição na elastina total, pode ser observado  um aumento na tropoelastina, o precursor da elastina, após o tratamento com microagulhamento. Além disso, o microagulhamento aumenta a espessura das fibras de elastina na derme superior e com maior distribuição aleatória da fibra. Os efeitos adversos demonstrados com o uso do microagulhamento não são considerados graves, foram observados: eritema, dor, edema, pós-inflamatório e hiperpigmentação (Costa, 2020).

O plasma rico em plaquetas (PRP) é um produto derivado do sangue autólogo enriquecido em plaquetas, fatores de crescimento e quimio/citocinas administrado em um volume de plasma. O PRP tem o potencial de fornecer uma alta concentração de fatores de crescimento aos tecidos-alvo (CHILICKA et al., 2022).

A técnica do microagulhamento ja é amplamente utilizada no tratamento da acne, quando associada ao PRP apresenta-se como uma boa escolha de tratamento  pelo fato de ser autólogo e reduzir a possibilidade de efeitos colaterais, o qual envolve também a liberação de peptídeos antimicrobianos potentes dos grânulos alfa das plaquetas, acelerando a cicatrização, regulando a inflamação e restaurando o colágeno (Mujahid et al., 2022).

Conclusão

Através do repertório bibliográfico abordado nesse trabalho, fica afirmado que a acne é uma patologia dermatológica de caráter inflamatório e com ampla abrangência mundial. Esses acometimentos levam os indivíduos lesionados pela acne a apresentarem uma baixa autoestima por conta do comprometimento estético em sua aparência, assim sendo, é muito comum a procura por intervenções estéticas que almejam tratar esse impasse.

Dessa maneira, os procedimentos como peelings químicos e luz de LEDs azul e vermelha, vem sendo utilizado em alta demanda para tratar a Cutibacterium acnes e apontados como  primordiais para tratar a dermatose, visto que, atuam diretamente nos efeitos fisiopatológicos da acne vulgar. 

No âmbito da Biomedicina, o profissional biomédico habilitado em estética apresenta-se apto para a realização de procedimentos para debelar

. Descontinuar o processo inflamatório, evitar/tratar as cicatrizes hipotróficas podem ser um grande desafio que envolvem profissionais de diversas áreas da saúde e requer o comprometimento do paciente, pois, muitas vezes o tratamento pode ser demorado. A melhora da pele pode demorar para acontecer, porém, os resultados serão bastante duradouros e compensatórios. 

Dessa forma, é de extrema importância os procedimentos estéticos para o tratamento da Cutibacterium acnes.

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