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Leonardo de Oliveira
EMBRIOLOGIA

colégio unicultura

EMBRIOLOGIA

Graziely Rossini

Felipe bonfim

Leonardo de Oliveira

Orientador: Profª Cristiane Aparecida Magri

Introdução 

O presente trabalho é sobre embriologia, a área da ciência que estuda o desenvolvimento embrionário. Mais concretamente, sobre cada etapa responsável pela formação do zigoto, ou célula ovo, até o nascimento do animal, as quais são: clivagem, também podendo ser chamada de segmentação; gastrulação e organogênese.

Concisamente falando, a clivagem será o primeiro processo. Nela, ocorrem diversas divisões mitóticas que darão origem à mórula e, posteriormente, à blástula. Após isso, será constituída a gástrula, fase da etapa de gastrulação do embrião. No último processo, que é a organogênese (formação dos órgãos) teremos a neurulação. 

É objetivo deste trabalho sanar dúvidas e auxiliar futuras pesquisas também relacionadas ao assunto.

A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica, enriquecida com conhecimentos adquiridos através de estudos sobre tema.









Desenvolvimento

FECUNDAÇÃO 

Ao compreendermos o que é fecundação e as diferentes formas como esse processo ocorre, passamos a entender melhor o processo de reprodução dos seres vivos.

O processo em que um gameta masculino une-se ao gameta feminino é denominado fecundação.

Fecundação é o termo utilizado para denominar o processo em que o gameta masculino une-se ao feminino, o que inicia o desenvolvimento do embrião. Por envolver gametas, a fecundação é um processo observado apenas na chamada reprodução sexuada.

 Tipos de fecundação

Fecundação interna

 Nesse tipo, observa-se a junção do gameta masculino ao feminino no interior do corpo daquele que produz o gameta feminino. Esse é o caso dos seres humanos, espécie em que a fecundação ocorre dentro do trato reprodutor feminino.

Fecundação externa 

A fecundação externa ocorre fora do corpo, no ambiente. Esse é o caso, por exemplo, dos sapos. Nesses animais, o macho e a fêmea unem-se, o macho abraça a fêmea e ambos liberam os gametas juntos. Os espermatozoides, então, fecundam os ovos, que se desenvolvem no ambiente. O local de desenvolvimento dos ovos depende do tipo de espécie.

Fecundação cruzada 

Na fecundação cruzada, os gametas fecundados são originados de indivíduos diferentes. Como exemplo, podemos citar os cordados.

Autofecundação: Na autofecundação, os gametas que se fundem são produzidos pelo mesmo indivíduo. Um exemplo de autofecundação é a que ocorre com as tênias.

Fecundação humana

Nos seres humanos, a fecundação compreende o período que vai desde o encontro do espermatozoide com o ovócito até a fusão dos núcleos. Normalmente, o processo acontece na parte mais dilatada da tuba uterina, em uma região denominada de ampola.

O processo da fecundação humana pode ser dividido em algumas etapas:

1. Penetração do espermatozoide pela corona radiata, um grupo de células do folículo ovariano que envolve o ovócito;

2. Penetração do espermatozoide na zona pelúcida, isto é, na camada de glicoproteína que circunda o ovócito;

3. Fusão da membrana do espermatozoide com a membrana do ovócito.

Após a penetração do espermatozoide, a membrana do ovócito torna-se impenetrável para outros espermatozoides. O ovócito, então, retoma a segunda divisão meiótica, e forma-se o pró-núcleo feminino e o masculino, que se fundem. A fecundação garante que o número diploide de cromossomos da nossa espécie seja restaurado, que o sexo do indivíduo seja determinado e que se inicie o desenvolvimento embrionário.

Tipos de Ovos

A embriologia estuda as características e todo o desenvolvimento dos embriões, sejam eles humanos ou de quaisquer outros animais. O início da embriologia é diferenciando os tipos de ovos e como eles se segmentam (clivam).

Apesar de toda a diversidade de animais que nosso planeta possui, temos somente quatro tipos de ovos e eles são classificados pela quantidade de vitelo presente em cada ovo:

Oligolécitos: são ovos com pouco vitelo. Ex: Nós, os mamíferos placentários.

Heterolécitos: são ovos que contem uma quantidade mediana de vitelo. Ex: sapos, rãs, etc.

Telolécitos: são aqueles que possuem muito vitelo. Ex: Aves e répteis.

Centrolécitos: ovos que possui o vitelo circundando o núcleo. Ex: artrópodes.

Figura 1 — tipos de ovos
tipos de ovos
Os autores (2023).

 clivagem ou segmentação 

Segmentar significa dividir. Desse modo, a fase de segmentação, ou clivagem, refere-se às primeiras divisões celulares mitóticas pelas quais passa o zigoto.

A mitose é um processo de divisão celular no qual uma célula divide-se em duas idênticas à original. No desenvolvimento embrionário, as primeiras células – que se formam das sucessivas divisões mitóticas do ovo – são denominadas blastômeros.

Ao estudarmos os tipos de ovos, observamos que a quantidade e a distribuição do vitelo variam de um tipo para outro. O tipo de segmentação pelo qual a célula-ovo irá passar está relacionado à quantidade de vitelo e à sua distribuição, uma vez que este pode dificultar, ou mesmo impedir, a completa divisão do citoplasma. Quanto maior for a quantidade de vitelo no ovo, mais viscoso será o citoplasma e mais lentamente ocorrerá a sua segmentação.

Entre os animais, há dois tipos básicos de segmentação: holoblástica (quando o ovo segmenta-se totalmente) e meroblástica (quando há uma segmentação parcial do ovo).

 Segmentação holoblástica

Os ovos com citoplasma pouco viscoso permitem divisões citoplasmáticas completas. Desse modo, apresentam segmentação holoblástica (do grego holos, inteiro, total). Essa segmentação é encontrada geralmente em ovos oligolécitos e mediolécitos.

Na segmentação holoblástica, a primeira divisão do zigoto origina dois blastômeros e a segunda, quatro blastômeros, todos de tamanhos iguais. Nas divisões mitóticas seguintes, há casos em que os novos blastômeros formados podem continuar do mesmo tamanho e, em outros, os novos blastômeros possuem tamanhos diferentes.

Nos ovos oligolécitos, em que o vitelo está distribuído de modo relativamente homogêneo, a segmentação origina blastômeros de mesmo tamanho, ou seja, ela é holoblástica e igual. Nos ovos mediolécitos, a segmentação que ocorre próxima do polo animal forma blastômeros menores, os micrômeros. No polo vegetativo, onde a divisão é dificultada pela concentração de vitelo, formam-se blastômeros maiores, os macrômeros. Portanto, essa segmentação é chamada holoblástica desigual.

Fase holoblástica da segmentação

Representação dos tipos de segmentação holoblástica.

Figura 2 — segmentação holoblástica
segmentação holoblástica
Os autores (2023).

Nos ovos oligolécitos, a segmentação é igual, formando blastômeros do mesmo tamanho. Nos ovos mediolécitos, por sua vez, a segmentação é desigual, e as divisões celulares originam blastômeros de tamanhos diferentes: os micrômeros e os macrômeros.

Segmentação meroblástica

A segmentação meroblástica (do grego meros, parte) pode ser discoidal, quando ocorre somente no disco germinativo, ou superficial, quando ocorre na periferia do ovo.

Nos ovos megalécitos, com grande quantidade de vitelo no polo vegetativo, a segmentação restringe-se à região do núcleo, encontrado próximo à membrana plasmática. Desse modo, as divisões mitóticas ocorrem apenas na região do polo animal, onde se encontra o disco germinativo (cicatrícula ou, ainda, blastodisco).

No caso dos ovos centrolécitos, em que o núcleo localiza-se no centro da célula e é envolto pelo vitelo, a segmentação é meroblástica superficial. Antes do início dessa segmentação, o núcleo sofre divisão. Posteriormente, os núcleos resultantes das divisões migram para a região periférica do ovo e novas células são individualizadas por meio da segmentação superficial.

Fase meroblástica da segmentação

Representação dos tipos de segmentação meroblástica.

Figura 3 — segmentação meroblástica
segmentação meroblástica
Os autores (2023).

Os ovos megalécitos apresentam segmentação discoidal, na qual os blastômeros ficam restritos ao disco germinativo. Entre os ovos centrolécitos, a segmentação é superficial, e os blastômeros formados concentram-se na região periférica do ovo.

Folhetos Embrionários  

Folhetos Embrionários ou folhetos germinativos (ectoderma, endoderma e mesoderma) são camadas de células que dão origem aos órgãos e tecidos dos seres vivos.

Surgem na fase de embrião, mais precisamente durante a gastrulação, ou seja, entre a terceira e oitava semanas de gestação no caso dos humanos.

Na sequência, no processo da organogênese são formados os órgãos.

Ectoderma

É a camada das células que se localiza mais no exterior. Ela é a responsável pela formação da epiderme e anexos epidérmicos (unha, pelo) do sistema nervoso e das cavidades (boca, nariz, ânus).

Endoderma

Localizada mais no interior das células, é a endoderme que forma o sistema respiratório e alguns órgãos do sistema digestório - o fígado e o pâncreas.

Mesoderma

É o folheto intermediário, ou seja, aquele que se localiza entre a ectoderma e a endoderma.

A mesoderme origina a derme, os ossos e os músculos, bem como os sistemas circulatório e reprodutor.

Figura 4 — folhetos embrionários
folhetos embrionários
Os autores (2023).
Diblásticos e Triblásticos

Os seres vivos podem ser classificados de acordo com os folhetos embrionários que apresentam na sua formação.

São chamados de diblásticos os animais que apresentam apenas dois folhetos: endoderma e ectoderma. São exemplos os cnidários (corais e medusas).

Os triblásticos, por sua vez, têm os três folhetos embrionários na sua composição: ectoderma, endoderma e mesoderma. São exemplos: os anelídeos (minhocas, sanguessugas) e os platelmintos (solitárias e tênias).

Os animais triblásticos podem ser celomados, acelomados ou pseudocelomados.

formação dos tecidos embrionários 

Mórula

Mórula é um dos estágios do desenvolvimento pré-embrionário, precisamente o quarto estágio da segmentação celular que acontece após o óvulo ser fertilizado pelo espermatozoide.

A formação da mórula representa a última etapa da fase de clivagem (divisão celular) e precede o blastocisto na evolução do embrião. Nessa etapa, o zigoto tem entre 16 e 32 blastômeros — células embrionárias resultantes do processo de mitose.

Os blastômeros da superfície da mórula dão origem aos anexos embrionários, como o saco amniótico e a placenta. Já as células que ficam no interior do aglomerado celular formam o futuro feto.

O óvulo é fertilizado em uma das tubas uterinas e é transportado para o útero enquanto se desenvolve. Cerca de 4 dias após a fecundação, em estágio de mórula, o embrião alcança a cavidade uterina e permanece por 2 dias antes de se implantar no endométrio. Ali, ele recebe nutrientes e fluídos do próprio útero que ajudam a formar o blastocisto.

Figura 5 — fase de mórula
fase de mórula
Os autores (2023).

Blástula

Chama-se de blástula a uma das etapas da embriogênese dos animais (isto é, seu desenvolvimento embrionário). A blástula, que acontece na mórula e precede a gástrula, é o segundo estado desse desenvolvimento.

A reprodução de um tipo sexual começa com a fertilização que dá origem ao zigoto, uma célula que resulta da união do óvulo (o gameta feminino) e do espermatozoide (o gameta masculino). Este zigoto, no âmbito da embriogênese, realiza um processo conhecido como segmentação, onde primeiro é produzida uma massa de células chamada mórula (constituída por células conhecidas como blastômeros).

Um líquido cria a cavidade do blastocisto e faz os blastômeros se moverem. No final do processo de segmentação, a blástula se forma, um estado que implica que o organismo já possui mais de 64 células.

O embrião, na fase de blástula, apresenta diferentes tipos de células (também chamadas, neste contexto, de blástulas). De acordo com diferentes características é possível fazer referência às estereoblástulas, periblástulas, celoblástulas ou discoblástulas.

Figura 6 — fase de blástula
fase de blástula
Os autores (2023).

Gastrulação

A gastrulação é uma etapa importante do desenvolvimento embrionário, pois é nessa fase que ocorrem o crescimento e a diferenciação das células para formação dos três folhetos germinativos (ectoderma, mesoderma e endoderma). Esses folhetos são responsáveis por originar órgãos e tecidos do embrião.

Inicia-se com a formação da chamada linha primitiva na superfície do epiblasto, uma região de células localizada acima da blastocele. Essa linha, que torna possível identificar o eixo embrionário do embrião, é formada pelo aumento e migração das células do epiblasto em direção ao plano mediano do disco embrionário.

A linha surge em direção à região cefálica do embrião até se encontrar com o nó primitivo. Enquanto isso ocorre, surge na linha um sulco que se encontra com um sulco presente no nó primitivo, denominado de fosseta primitiva.

Após a formação dos sulcos, inicia-se a invaginação das células do epiblasto e formam-se os três folhetos germinativos. As células invaginadas deslocam o hipoblasto, que passa a ser chamado de endoderma. As células localizadas entre o epiblasto e o endoderma formam o mesoderma, e aquelas que ainda fazem parte do epiblasto formam o ectoderma.

Além da formação da linha primitiva, durante a gastrulação surgem a placa precordal e a notocorda, duas estruturas muito importantes. As células mesenquimais saem do nó e da fosseta primitiva e formam o processo notocordal. Este adquire um canal notocordal e cresce até a placa precordal, uma região onde o endoderma e ectoderma estão firmemente ligados. A notocorda surge através da transformação do processo notocordal.

Durante toda a fase de gastrulação, o embrião é chamado de gástrula.

Figura 7 — fase de gástrula
fase de gástrula
Os autores (2023).

Neurulação

A neurulação é a etapa em que ocorre a formação do tubo nervoso, estrutura que dará origem ao sistema nervoso.

Sabemos que o desenvolvimento embrionário é um processo que envolve várias fases. Após a formação da mórula, da blástula e da gástrula, inicia-se a etapa em que se forma a nêurula. Nessa fase ocorre a formação do tubo nervoso, estrutura de fundamental importância no desenvolvimento embrionário.

No final da fase de gástrula, é possível observar um achatamento das células do ectoderma da face dorsal. Elas dão origem à chamada placa neural, que se desenvolve em direção à porção posterior do embrião.

A placa neural inicia um processo de dobramento na região central, que formará o sulco neural. A medida que essa fenda aumenta, as bordas laterais começam a se aproximar até se fundirem. O sulco, então, fecha-se e dá origem ao tubo neural, também conhecido por tubo nervoso. Essa estrutura é responsável pela formação do sistema nervoso.

Paralelamente a esse processo, está sendo formada, logo abaixo ao tubo nervoso, a notocorda, uma estrutura maciça de células do mesoderma em forma de bastão. Ela está relacionada com o suporte do tubo nervoso, além disso, define o eixo corporal do embrião.

Um fato importante relacionado com os cordados diz respeito à notocorda. Em pelo menos uma fase de vida do animal, ela aparecerá, todavia, na maioria das espécies, ela não está presente na fase adulta.

Durante a formação dessas estruturas, o mesoderma (folheto germinativo) desenvolve-se e torna-se responsável pelo preenchimento dos espaços entre o ectoderma e o endoderma. De acordo com sua posição no embrião, ele pode ser classificado em: epímero, mesômero e hipômero.

O epímero (mesoderma dorsal) é o mesoderma que se localiza na região dorsal do embrião, ocupando as posições laterais ao tubo nervoso e notocorda. É ele que origina o chamado somito, evaginações do mesoderma que se destacam e que dão origem às vértebras, nervos e músculos esqueléticos.

O mesômero (mesoderma intermediário) fica localizado nas regiões laterais do embrião. É a partir dessa região que surge o sistema urogenital embrionário.

Por fim, temos o hipômero (mesoderma ventral), que se localiza na porção ventral do embrião. Ele origina duas camadas de células: a somatopleura e a esplancnopleura. O espaço entre essas duas lâminas celulares é o chamado celoma.

É durante o processo de neurulação que se inicia a diferenciação dos folhetos embrionários, que dão origem a todos os tecidos que são encontrados em um organismo adulto.

Figura 8 — fase de nêurula
fase de nêurula
Os autores (2023).

Conclusão

Neste trabalho abordamos o tema embriologia, uma área da ciência que tem seu foco no estudo do desenvolvimento embrionário desde a formação do zigoto, até o nascimento do animal.

concluímos, através de diversas pesquisas e estudos, que

Referências

de SouzaJoice SilvaBlástulaInfo Escola. Disponível em: https://www.infoescola.com/biologia/blastula/. Acesso em: 5 abr. 2023.

dos SantosVanessa O que é clivagem?Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/biologia/o-que-e-clivagem.htm. Acesso em: 5 abr. 2023.

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Trabalhos mais lidos